terça-feira, 29 de maio de 2007

Doçura

O que me salva é a doçura que tenho comigo mesma e com os outros. É preciso ser muito doce e cuidadosa comigo mesma as vezes, nessas horas em que o mundo se mostra como ele é, e voce acha que todo o seu esforço nao valeu a pena. Mas vale, sempre vale, porque so vale o que é do bem. E eu posso ate sofrer um pouquinho, e ser um pouquinho egoista e outras coisas de vez em quando, mas eu sou do bem. Eu pensei que seria facil encontrar alguem que me ame, mas sempre encontro que o maior amor com que posso contar é o meu por mim mesma, que é o amor de Deus por mim. Tambem nesses momentos, o que eu queria era estar fisicamente perto da minha zona de conforto, como se isso pudesse me curar, mas so atenua. E depois, de novo, vem a realidade e só. A realidade é o que vou encontrar amanha? Porque nao existe realidade dentro dos avioes ou dos aeroportos. A realidade é sair pelo portao de desembarque, é sacar dinheiro no caixa eletronico, é a fila do taxi ou a demora do trem. E o que seria disso sem a doçura? Eu nao saberia o que fazer ou como parar de doer. [...] Eu sei que eu mereço tudo o que tenho, o bom e o mau, o pequeno e o grande, e por isso me esforço para aprender o que isso significa, e nao, nunca me canso de recomeçar. Por isso a doçura. [...] Porque a mesma energia que se usa para matar um leao por dia, se usada com doçura te permite amansar um leao ou dois.

(escrito em 08 junho 2006, mas podia ter sido ontem)

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Max Fisch


maxfisch_51
Originally uploaded by deiafix.

Depois de um mega fim de semana de sol e praia em Miami Beach, volto pra NY e me conformo com o frio que continua fazendo aqui. A surpresa foi saber que nos dias em que estive fora, fez um tremendo sol de verao.

Numa dessas noites frias, semana passada, fui com minha amiga Sonia ao Max Fisch. Ha meses nao ia a esse bar, mas estava precisando ir a um lugar totalmente fora do esquema sex-in-the-city. Salto alto cansa. E a Sonia é a companhia perfeita, sem frescura. Alem disso, gosto muito dela e vou sentir uma falta danada quando ela for embora. É isso, o problema de fazer amigos nessa cidade. Quase todo mundo so está de passagem.

Tivemos uma conversa muito gostosa, recontando nossas historias de familia, nossas origens, o contexto onde crescemos, os valores que herdamos de nossos pais e sob os quais vivemos, mesmo sem perceber. Bem engraçado foi que, sendo ambas de origem humilde, achavamos que a outra havia nascido rica!