Meu primeiro e unico fim-de-semana completo em Paris foi bem bacaninha, e assaz turistico. Por sorte, fez um tempo maravilhoso, em contraste com o frio e a chuva do começo da semana e aproveitei para fazer dois programas tipicos de fim de semana: ir ao parque e à feirinha de antiguidades.
Bom, parque é modo de dizer. Fui visitar o palacio de Versailles, e mais importante, os jardins do palacio. Depois de quase duas horas de fila para comprar o ingresso (porque vida de turista nao é facil...), entramos no palacio, eu e minhas colegas de curso da Aliança, que logo nos perdemos em meio a turba de gente.
O palacio em si é, obviamente, majestuoso, e a famosa sala dos espelhos é realmente impressionante. O luxo do mobiliario e da decoração é que ilude um pouco a imaginaçao, porque apesar dos intentos de recomposiçao, o que se ve ali é um samba do crioulo doido de estilos e epocas sem muita coesao. Mas va la.
Agora, o que mais me maravilhou foram os jardins, imensos labirintos a se perder de vista, tao elaborados e bem cuidados, adornados com fontes, estatuas, arabescos e recantos. Nao da pra nao imaginar a realeza passeando e sassaricando por aqueles jardins... Mais adiante, o refugio de Marie Antoinette, mais campestre, e tao rural que parece de mentira, mas nao é. Pelo menos, o tomate que eu colhi daquela horta era bem real, e caiu deliciosamente bem para o meu jantar de sabado.
E detalhe, boa parte dos jardins é na verdade um parque aberto ao publico, onde se pode ir fazer pic-nic, andar de bicicleta e passear de barquinho pelo grande canal, sem necessidade de comprar ingressos.
Voltei pra casa exausta depois de tanto bate-perna, e totalmente feliz por ter visto tantas coisas lindas.
No domingo, pra compensar, o programa foi bem mais tranquilo. Fui dar uma volta no famoso marché aux puces de St-Ouen, aqui do ladinho de casa. "Les Puces", como o chamam os franceses, é um conjunto de mercados espalhados ao longo da Rue de Rosiers, cada qual com sua especialidade, uns mais, outros menos charmosos. O que mais gostei foi o Marché Paul Bert, que tem uma mistura de móveis vintage, roupas, acessorios e coisinhas mil. Comprei uma caixinha de musica com a melodia de A Paris, do Yves Montand. Très chic.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
Bonjour, Paris!
Parece sonho, mas aqui estou, vivendo a minha tao sonhada liberdade, longe da rotina do escritorio e da escravidao do relogio, dormindo e acordando tarde, flanando pelas ruas de Paris qual estudante que agora sou. Enfim, esta é uma das vidas que pedi a Deus (porque sempre ha outras...)!
A primeira semana foi um grande caldeirao de novidades, lembranças, descobertas, saudades de tempos recentes e remotos, reflexao e aprendizado constante. A parte boa de ja ter estado em Paris outras vezes é que ja fiz a maioria dos programas turisticos obrigatorios (ou lerês, como diz o @riqfreire) e agora posso me dar ao luxo de conhecer melhor a verdadeira (?) Paris, a minha Paris.
De segunda a sexta, tenho aula de frances (a la Alliance Française, bien sur!), mas só a tarde, porque as manhas foram feitas pra dormir, ou deveriam, nao fosse uma janela sem cortina que me faz despertar com a luz do sol. Mas insisto. E depois da aula, reservo a tarde para caminhar, muito e sempre, cada dia por um bairro diferente, decorando caminhos, desvios, vielas, passagens e depois voltando a me perder ate encontrar o metro que me leva, cansada, para casa.
Casa que, ha que se dizer, nao fica exatamente em Paris, mas em Saint-Ouen, que logo aprendi que é uma cidade à entrada norte de Paris, mais conhecida por seu mercado de antiguidades e por abrigar a catedral de Saint Denis, onde estao enterrados os reis da França. Porem, tendo sido um arranjo de troca entre esse e o meu apartamento no Brooklyn, pode-se dizer que estamos quites.
Ainda nao me acostumei com o fuso horario, que me faz ir para a cama mais tarde do que deveria e, no dia seguinte, tomar mais cafes do que é aconselhavel. E isso nao me impede de ir bem nas aulas, aproveitar um pouco de vidinha social com amigos e amigos de amigos que andam por aqui, e ainda matar um pouco da saudade de quem está longe.
A primeira semana foi um grande caldeirao de novidades, lembranças, descobertas, saudades de tempos recentes e remotos, reflexao e aprendizado constante. A parte boa de ja ter estado em Paris outras vezes é que ja fiz a maioria dos programas turisticos obrigatorios (ou lerês, como diz o @riqfreire) e agora posso me dar ao luxo de conhecer melhor a verdadeira (?) Paris, a minha Paris.
De segunda a sexta, tenho aula de frances (a la Alliance Française, bien sur!), mas só a tarde, porque as manhas foram feitas pra dormir, ou deveriam, nao fosse uma janela sem cortina que me faz despertar com a luz do sol. Mas insisto. E depois da aula, reservo a tarde para caminhar, muito e sempre, cada dia por um bairro diferente, decorando caminhos, desvios, vielas, passagens e depois voltando a me perder ate encontrar o metro que me leva, cansada, para casa.
Casa que, ha que se dizer, nao fica exatamente em Paris, mas em Saint-Ouen, que logo aprendi que é uma cidade à entrada norte de Paris, mais conhecida por seu mercado de antiguidades e por abrigar a catedral de Saint Denis, onde estao enterrados os reis da França. Porem, tendo sido um arranjo de troca entre esse e o meu apartamento no Brooklyn, pode-se dizer que estamos quites.
Ainda nao me acostumei com o fuso horario, que me faz ir para a cama mais tarde do que deveria e, no dia seguinte, tomar mais cafes do que é aconselhavel. E isso nao me impede de ir bem nas aulas, aproveitar um pouco de vidinha social com amigos e amigos de amigos que andam por aqui, e ainda matar um pouco da saudade de quem está longe.
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