domingo, 26 de junho de 2005

Ferias em casa

Estou de ferias, porem em casa. Ainda nao sei quando sera a minha proxima viagem, de modo que talvez esse blog esteja de ferias ate la...

segunda-feira, 20 de junho de 2005

Vazamentos

"Estou me acostumando comigo
Revendo a casa, os vizinhos
E os vazamentos
E isso ja nao me assusta mais

Estou me acostumando contigo
Revendo palavras sem modismo
Olhares antigos
Nas frases que voce agora traz

Se volto pra mim
Pouso na terra
E é macio saber
Que isso nao me assusta
Que ja nao me assusta
E me gusta voltar"

(Me gusta - C.Oyens/Z.Duncan)


Adoro Sao Paulo nos dias cinzentos, como hoje. É a cara dessa cidade e me faz ter certeza de que estou aqui. E é tao gostoso dormir com barulhinho de chuva... tirando o fato de que tambem chove dentro de casa.

Desde que entrei nesse apartamento, ja fiz altas queixas ao proprietario para consertar um vazamento no telhado que faz com que minha casa se transforme numa piscina olimpica nos dias de chuva. Como os caras que ele manda aqui so conseguiram piorar o problema, achei melhor parar de reclamar.

Ate porque, como eu venho dizendo, TUDO MUDA, e eu tambem vou me mudar daqui em breve.

domingo, 12 de junho de 2005

Samba e baiao

Uma semana de Brasil, e me sinto bem, feliz, inteira, em casa. Uma vez em terra firme, descubro que minhas raizes mexicanas nao passavam de cultura hidroponica, mera questao de sobrevivencia. Minha terra é aqui, e é aqui que eu floresço. Bonito isso, nao?

Ainda mais hoje, que é uma data supostamente critica para pessoas que, como eu, estao em situaçao de "disponibilidade afetiva" - amei esse termo, roubado de uma entrevista de Caio F. nos anos 70. Ja basta ter passado por um Valentine's Day quando estava la, agora chego aqui e isso... mas nao me deixo abalar. "La que es linda, es linda", ja dizia o Gerardo.

Tive uma semana tranquila, e se nao escrevi para o blog, nao foi por falta de tempo nem de vontade, talvez simples preguiça, agravada pela falta de internet em casa, problema agora ja resolvido, de certa forma. Digamos que uma conexao dial-up é melhor que nada, como muitas coisas na vida.

Nesses dias, ja pude mais ou menos ajeitar a vida, os papeis e os pensamentos mais urgentes, coisa que nem foi tao dificil, ja que, como bem observou o A. logo que voltei, psicologicamente eu nem tinha saido daqui. Foi uma das coisas mais sensatas que ouvi, embora vinda de uma das pessoas que eu conheço que mais viaja na maionese. E se me perguntarem o que eu fiz essa semana, nao saberia dizer muito bem, mas sei que esta tudo sob controle, e isso é o que importa.

O fim de semana foi uma comedia de erros, nada saiu conforme o planejado, mas como me diverti! Ontem devia ter sido o dia do "bota-dentro" com roda de samba no meu bar preferido, e para isso convidei gentes e gentes, sendo que ninguem apareceu (fora a Helo, uma rapida e gostosa surpresa, que foi minha salvaçao) e eu acabei a noite na festa junina da paroquia Dom Bosco, no Alto da Lapa - ah, resquicios felizes da infancia... - com direito a canjica, quentao, biribinha no pé e quadrilha ao som de uma orquestra "sanfonica" de verdade. E a companhia da Telma e o namorado, dois quermesseiros de carteirinha, que sem eles nao teria sido tao bacana!

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Telma e E., dançando quadrilha: "Anarriêêê!! Anavan!!!"

E hoje, que havia combinado de ir a outra festa junina com a Helo, terminamos indo para um bar ao lado da festa - que, ca entre nos, estava meio mixuruquinha -, onde tinham roda de samba ao vivo, dai eu aproveitei para me esbaldar na minha vontade de dançar um bom e velho samba (e, por que nao, tambem entornar umas cervejas para refrescar, que ninguem é de ferro!). Creio que domingo que vem estarei la de novo - para sua informaçao, trata-se do "Maria Santa", um bar novo no comecinho da rua Girassol, ao lado da quadra da Perola Negra. Na Vila Madalena, claro!

Ouvindo: Mauricio Pereira - Coiote

domingo, 5 de junho de 2005

Post aereo

Esse é o ultimo post que escrevo antes de chegar a Sao Paulo. Estou no aeroporto em Santa Cruz de la Sierra, na Bolivia, esperando minha conexao, e aproveito para escrever um pouco sobre o que estou sentindo. Reconheço que minha expectativa de retornar era maior enquanto estava mais longe. Agora mesmo, quando penso em Sao Paulo, lembro com tanta nitidez que é como se eu nunca tivesse saido de la. Mas, de volta a realidade, fico imaginando o que é que vou encontrar quando chegar, porque enfim, como ja dizia o Lulu Santos, "tudo muda o tempo todo no mundo"...

Mais caos? Mais poluiçao? Mais violencia? Mais opçoes culturais? Outro restaurante vegetariano? Um novo brechó bom e barato? O centro revitalizado? Mais coisas boas ou mais coisas ruins?

A gente reclama muito de Sao Paulo, e do Brasil em geral, e so quando esta longe é que percebe o quanto ama, sente falta e nao da valor a muitas coisas aparentemente banais. Eu, por exemplo, sinto uma saudade enorme de simplesmente caminhar pela Avenida Paulista.

Estive seguindo uma discussao sobre isso na comunidade de Brasileiros no Exterior no orkut, num topico sobre qual era o melhor lugar para viver, depois do Brasil. Na minha opiniao, depois do Brasil, o Brasil continua sendo o melhor lugar para o brasileiro. Apesar de todos os problemas que temos, nao ha nada como falar a propria lingua, entender o contexto das historias, das piadas, das fofocas, provar sabores conhecidos, estar perto da familia e dos amigos de toda a vida, e nao ter um choque cultural por dia.

Talvez quando retorne, seja como os relacionamentos que se acabam, e dos quais sentimos falta por pura nostalgia do bom. Pode ser que enfim me de conta de que todos os problemas da cidade continuam ali, enchendo o saco, perturbando, neurotizando, e que Sampa é mesmo uma cidade que nao tem mais jeito.

Mas como eu nao sai de Sao Paulo por opçao premeditada, mas sim porque aconteceu de pintar essa oportunidade bacana de trabalho, nao me importa. Eu vou ser feliz de poder pisar de novo essa terra.


Ouvindo: Quincy Jones - Soul Bossa Nova

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Pisces today

Puxa, adorei o meu horoscopo de hoje. E nao é que tem tudo a ver com o momento?

"Like a butterfly emerging from its chrysalis, you've taken some pretty tough circumstances and used them to grow. Now you're developing into something lovely and fantastic beyond your wildest imaginings. During times like these, it's good to remember how grateful you are -- not only for the easy things in your life, but for the tough circumstances as well. They've shaped you into someone amazing. Take a moment to honor yourself."

Malas prontas, festa de despedida a noite, so falta terminar um relatorio...

quarta-feira, 1 de junho de 2005

LAB 911

Sabado (4) a noite, pego o aviao de volta para o Brasil, e domingo (5) a tarde estou aterrissando em Cumbica -- que delicia vai ser ver de novo a Marginal Tiete!

Ja tenho uma lista enorme de coisas que quero ver e fazer quando chegar ao Brasil...


Ouvindo: Eduardo Dusek - Domestica