Uma semana de Brasil, e me sinto bem, feliz, inteira, em casa. Uma vez em terra firme, descubro que minhas raizes mexicanas nao passavam de cultura hidroponica, mera questao de sobrevivencia. Minha terra é aqui, e é aqui que eu floresço. Bonito isso, nao?
Ainda mais hoje, que é uma data supostamente critica para pessoas que, como eu, estao em situaçao de "disponibilidade afetiva" - amei esse termo, roubado de uma entrevista de Caio F. nos anos 70. Ja basta ter passado por um Valentine's Day quando estava la, agora chego aqui e isso... mas nao me deixo abalar. "La que es linda, es linda", ja dizia o Gerardo.
Tive uma semana tranquila, e se nao escrevi para o blog, nao foi por falta de tempo nem de vontade, talvez simples preguiça, agravada pela falta de internet em casa, problema agora ja resolvido, de certa forma. Digamos que uma conexao dial-up é melhor que nada, como muitas coisas na vida.
Nesses dias, ja pude mais ou menos ajeitar a vida, os papeis e os pensamentos mais urgentes, coisa que nem foi tao dificil, ja que, como bem observou o A. logo que voltei, psicologicamente eu nem tinha saido daqui. Foi uma das coisas mais sensatas que ouvi, embora vinda de uma das pessoas que eu conheço que mais viaja na maionese. E se me perguntarem o que eu fiz essa semana, nao saberia dizer muito bem, mas sei que esta tudo sob controle, e isso é o que importa.
O fim de semana foi uma comedia de erros, nada saiu conforme o planejado, mas como me diverti! Ontem devia ter sido o dia do "bota-dentro" com roda de samba no meu bar preferido, e para isso convidei gentes e gentes, sendo que ninguem apareceu (fora a Helo, uma rapida e gostosa surpresa, que foi minha salvaçao) e eu acabei a noite na festa junina da paroquia Dom Bosco, no Alto da Lapa - ah, resquicios felizes da infancia... - com direito a canjica, quentao, biribinha no pé e quadrilha ao som de uma orquestra "sanfonica" de verdade. E a companhia da Telma e o namorado, dois quermesseiros de carteirinha, que sem eles nao teria sido tao bacana!
Telma e E., dançando quadrilha: "Anarriêêê!! Anavan!!!"
E hoje, que havia combinado de ir a outra festa junina com a Helo, terminamos indo para um bar ao lado da festa - que, ca entre nos, estava meio mixuruquinha -, onde tinham roda de samba ao vivo, dai eu aproveitei para me esbaldar na minha vontade de dançar um bom e velho samba (e, por que nao, tambem entornar umas cervejas para refrescar, que ninguem é de ferro!). Creio que domingo que vem estarei la de novo - para sua informaçao, trata-se do "Maria Santa", um bar novo no comecinho da rua Girassol, ao lado da quadra da Perola Negra. Na Vila Madalena, claro!
Ouvindo: Mauricio Pereira - Coiote
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Um comentário:
Anavan! Anarriê!!!
(é... festa junina também é cultura)
Sabe que, quando o tempo começa a esfriar, já lembro do quentão?
Se não fosse você estar com a gente a festa junina também não seria completa.
E, se quiser, tem mais festa junina até o final do mês. É só ligar pra saber em qual a gente vai estar.
Pô, passar o ano sem tomar vinho quente vai ser dureza, hein?
Beijos!!!!
Telma
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