segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Lecuona & Onqotô

Como eu sempre digo, a gente sai do sertao mas o sertao nao sai de nois.

Eu aqui tao longe, mas sempre de olho nas coisas do Brasil. Semana passada tive a felicidade de ir ver o Grupo Corpo, coisa que nao consegui fazer nunca no Brasil.

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Fiquei contente com a escolha do meu primeiro "programa cultural" em NY e achei curioso que um dos lugares de maior agito cultural - o Brooklyn Academy of Music, ou BAM, para os intimos - nao fique em Manhattan, mas sim no Brooklyn. É que rola um certo preconceito do povo daqui em relaçao as vizinhanças (Brooklyn, Queens & Bronx). Acho que ja estou me contaminando.

Que coisa mais linda aquelas coreografias! "Lecuona" sao coreografias de pares, com ares languidos e romanticos, as vezes comicos, ao som de cançoes cubanas com cara de muito tempo atras, compostas por Ernesto Lecuona. Mas o que eu queria mesmo ver era a coreografia nova, "Onqoto", com trilha sonora do Caetano & Wisnik. Bom, muito bom. So tenho que confessar que gostei mais da musica do que de qualquer outra coisa. Tanto que comprei o CD e ja ouvi muito.

"Se tudo começou no Big Bang, tinha que acabar no Big Mac".

"Onqoto", "proncovo", "quemqoso"... duvidas fundamentais da humanidade. O mineiro é um ser muito sabio, as vezes. Meu pai é de Minas.

Milton Nascimento tambem, e na sexta tinha um show dele no Blue Note, mas graças a Deus chegamos tarde e ja estava lotado. O mineiro pode ser um ser muito aborrecido tambem, as vezes.

Acabamos indo para um bar qualquer que no fim nao era qualquer bar, era um bar de narguile. Ah, eu me senti tao em casa... Pedi logo um e fiquei la curtindo a fumaça e olhando todos aqueles meninos de nariz grande e olhos profundos. Eu tambem queria um daqueles pra mim.

"É so isso?"

Um comentário:

Rê Saladino disse...

Eu também queria um pra mim!