E, realmente, eu tinha programa para ontem, mas juntando o meu corpo dolorido por causa da aula de capoeira na quinta, a minha cama quentinha, uma pilha de DVDs para assistir, e saber que estava nevando la fora, nao tive nem duvida sobre o que fazer.
Recentemente, comprei um projetor multimidia, desses que a gente usa para apresentaçoes em Power Point, e que tem servido muito bem para montar meu cinema particular, ja que meu ape tem paredes brancas enormes e vazias.
Entao, pipocas a postos, e deliciosamente instalada debaixo dos cobertores, ontem fiz uma pequena maratona cinematografica. Comecei com o ultimo disco da quinta temporada de Sex and the City, que continua sendo meu seriado favorito, embora eu ja tenha me convencido de que o estilo de vida das personagens nao é exatamente o meu favorito in the city.
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Mas algumas falas ainda sao emblematicas (como Carry dizendo que "em Nova York, todo mundo está procurando um emprego, um namorado ou um apartamento.") ou surpreendente verdadeiras (como o namorado do Stanford tentando achar uma explicaçao para o casamento de uma senhora rica com um cara supostamente gay: "Talvez ele a faça rir."). Gostei dessa, porque me fazer rir continua sendo um dos meus 3 requisitos obrigatorios para qualquer candidato a namorado.
Na sequencia, assisti "Os embalos de sabado a noite", o classico com o John Travolta. Ja de cara, gostei muito porque o filme se passa no Brooklyn, e eu ando fascinada por esse lugar. Claro que eu tenho meus motivos. É muito facil gostar de algo quando alguem que voce gosta tambem gosta daquilo, e eu ainda gosto de quem gosta do Brooklyn. OK, voce nao precisa necessariamente entender essa parte.
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Depois de assistir ao filme, entendi porque ele é considerado um icone (do cinema, dos anos 70, da cidade, da juventude). Como é que eu nunca tinha assistido a esse filme antes? A historia é aparentemente boba, mas o modo como se desenrola envolve tantas emoçoes, sentimentos e situaçoes, que duvido que alguem nunca tenha passado por algo parecido, pensado ou agido como algum dos personagens do filme. E a trilha sonora é um delirio.
E para terminar, aproveitando que estou lendo a biografia da Carmen Miranda, assisti "Copacabana", o unico filme dela que encontrei na locadora.
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Mas pra ser sincera, dormi na metade do filme e vou precisar assistir de novo. Eu estava mais curiosa para ver como ela atuava na tela - as maneiras, os trejeitos, a voz - e casar com o texto da biografia. Foi um pouco decepcionante, porque de jeito nenhum consegui reconhece-la como uma artista brasileira, mas como mais um estereotipo latino -- sob o ponto de vista dos americanos, entenda-se bem.
Se alguem souber como conseguir os filmes antigos dela, filmados ainda no Brasil, me avise. Devem ser muito mais interessantes.