terça-feira, 6 de março de 2007

30 e uns

Questoes espinhosas no horizonte... volta e meia, surgem, claro. E nao tem outro jeito de enfrenta-las senao com a cara e a coragem, ainda que pouca. Tempos atras, nesse mesmo blog, eu celebrava as maravilhas de se ter 30 anos. Agora, dois anos depois (pronto, ja me entreguei), as coisas começam a ficar um pouco mais complicadas.

Tudo por causa de uma musica do Supertramp (de um disco "emprestado" do Augusto, que ele nunca mais verá), que diz: "when I was young, it seemed that life was so wonderful, oh it was beautiful, magical...", e por ai vai. Acho que a vida continua sendo wonderful, beautiful, magical, pero coisas como achar a minha carissima metade, casar e -- principalmente -- ter filhos vao ficando cada vez mais delicadas.

Deve ser tambem porque, recém terminando um namoro que insisti, insisti, mas nao deu certo, fica aquele clima interno de nunca-mais-vou-ter-ninguem, que -- engraçado, porem real -- no fundo nao sinto. Só da uma pena de pensar em ter que começar tudo outra vez, e aí os sonhos, e o faze-los realidade, vao ficando mais distantes.

Tenho inveja, sim, dos meus amigos que hoje vivem suas vidinhas de casado (digo "vidinha" sem nenhuma conotaçao depreciativa, que fique claro), vao pra casa encontrar parceiro e filho, vao aos parques nos fins de semana, ou nem isso, ficam em casa mesmo, jantam, assistem TV e vao pra cama dormir, ou nao (E, ca entre nos, esse "ou nao" é que as vezes faz toda uma diferença...). Eu sei, parece tudo muito perfeito, mas nesse ponto ja deve ter meia duzia lendo isso e invejando a minha "vidinha" de solteira: chegar em casa, botar uma musica, esticar as pernas no sofa, fazer uma comidinha qualquer, ou simplesmente sair, gandaiar, isso tudo sem ter ninguem pra dar satisfaçao, e depois ir dormir tendo a cama e o cobertor todinho pra voce. Isso me lembra aquela historia de que homem solteiro chega em casa, abre a geladeira, faz uma cara feia pro que ve e vai pra cama; o homem casado chega em casa, vai ate a cama, faz uma cara feia pro que ve e vai abrir a geladeira.

Eu quando tive vida de casada, curti muito. Mas naquela epoca nao tinha muita vontade de ter filhos, como tenho agora. Mania de deixar tudo pra ultima hora, nao é?

Entao agora o negocio é botar a bola pra frente, de toda maneira. Estudar, trabalhar (hoje andei pensando se nao seria legal me mudar pra Tailandia!), pagar o pesado aluguel, e um dia, antes tarde do que nunca, voltar pra casa, que é onde mora o coração.




Ainda tenho pavor de borboleta, mas amei essa foto que o Tim tirou em Foz do Iguaçu (e eu nao estava la...).

Um comentário:

Olivia Frade Zambone disse...

Às vezes a gente pensa muito no q não viveu e não vê o q viveu...lendo o seu blog e tudo o q vc já fez....dá até uma invejinha e ovntade louca de sair por aí, esquecendo das prestações da casa, do meu trabalho...menos do meu amor, claro! Isso eu não posso negar, eu gosto de ter alguém do meu lado! Beijos