E nao morri.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Energias
Ontem, aconteceram uns fatos muito bizarros comigo. Nao sei o que foi, mas eu estava com um campo magnetico muito destruidor. Primeiro, meu iPod parou de tocar musicas. Podia ouvir todos os ruidos de botoes do aparelho, mas musica que é bom, neca. Depois, o carregador do celular nao recarregava a bateria. Ate o dia anterior, funcionava perfeitamente. Testei em varias tomadas e ele continuava la, impavido. Obviamente, a essa altura, meu celular ja nao tinha bateria suficiente para se conectar a rede. E entao, quando vou enviar um e-mail importantissimo, descubro que nao tenho conexao a internet. Ligo e desligo o modem, e nada. Tiro e recoloco os cabos, e nem sinal de vida. Pra piorar, tentando ver se havia linha no telefone, quebrei o gancho do aparelho, deixando-o absolutamente inutilizavel. Fiquei mais de 12 horas desconectada do mundo.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Ah, Sao Paulo...
... essa cidade é para mim como o primeiro namorado, o primeiro amor, aquele que nunca se esquece e quando de repente o reencontramos depois de tantos anos, ainda te dá um frio na barriga, aquele arrepio de lembrança de paixao.
Eu vejo Sao Paulo hoje e reconheço a minha cidade, mas percebo o quanto ela mudou. Me deixo envolver de novo pelo seu jeito, pelo seu charme, e adoro. Me sinto outra vez como quando nos apaixonamos pela primeira vez, e assim apaixonada, por um momento ignoro seus defeitos e deixo esse calor morno de brisa de quase verao aquecer o frio na minha espinha. E me pergunto, como pude estar tanto tempo longe disso, longe daqui?
Eu amo essa cidade, de todo coraçao.
Eu vejo Sao Paulo hoje e reconheço a minha cidade, mas percebo o quanto ela mudou. Me deixo envolver de novo pelo seu jeito, pelo seu charme, e adoro. Me sinto outra vez como quando nos apaixonamos pela primeira vez, e assim apaixonada, por um momento ignoro seus defeitos e deixo esse calor morno de brisa de quase verao aquecer o frio na minha espinha. E me pergunto, como pude estar tanto tempo longe disso, longe daqui?
Eu amo essa cidade, de todo coraçao.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Back in NY
Mas nao por muito tempo. Parece que ultimamente tenho formiga na bunda, e nao aguento ficar em um lugar por mais de 3 dias. Ou, obviamente, sera porque nao encontrei o meu lugar. Mas pelo menos, sei reconhecer os que nao sao.
A primeira sensacao ao chegar de volta a NY foi de saudade. Depois, cansaco, depois, angustia. E depois, muitas coisas...
Vou curtir mais uns dias por aqui antes de voltar para o meu Brasil, correr pro abraco, ser feliz. Como disse uma amiga, "nao tem lugar melhor no mundo pra esquecer os problemas do que o Brasil".
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
E acabou-se!
Mas ja? Sim. Bastaram 3 dias e 70 km no Caminho de Santiago para me convencer que ali nao era o meu lugar, pelo menos nao nesse momento. Poderia dizer que foi a unha encravada (o que eh verdade) ou o joelho dolorido (tambem) o que me fizeram interromper a caminhada, mas a verdade verdadeira eh que eu nao estava no clima. Dizem que as vezes eh preciso mais coragem para desistir do que para continuar -- eu que o diga, com todos os olhares de desprezo dos meus companheiros "peregrinos" -- mas nada se compara a seguir o que diz o coracao. Beijos!
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010
32244 passos
Ainda nao sei bem o que estou fazendo aqui, mas esta comecando a ficar divertido. Fiquei meio bolada com tanta gente ontem no albergue e hoje decidi caminhar 8 km mais para chegar a cidadezinha seguinte. E calhou de ser dia de festa na cidade, com banda de musica, rojoes e prendas para a criancada. Muito bacana! Mas eu vou logo pro albergue botar meus pezinhos pro alto.
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quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Deixe-me ir, preciso andar...
Muita adrenalina. Desde que terminei o Caminho de Santiago, na Galicia, prometi a mim mesma que ia repetir. Hoje, 11 anos depois, comeco de novo a jornada, no mesmo dia, com a mesma companhia, e igualmente debaixo de chuva, mas a partir de um ponto diferente. Porque, como diz a velha historia, nao se cruza o mesmo rio duas vezes.
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Le weekend
Meu primeiro e unico fim-de-semana completo em Paris foi bem bacaninha, e assaz turistico. Por sorte, fez um tempo maravilhoso, em contraste com o frio e a chuva do começo da semana e aproveitei para fazer dois programas tipicos de fim de semana: ir ao parque e à feirinha de antiguidades.
Bom, parque é modo de dizer. Fui visitar o palacio de Versailles, e mais importante, os jardins do palacio. Depois de quase duas horas de fila para comprar o ingresso (porque vida de turista nao é facil...), entramos no palacio, eu e minhas colegas de curso da Aliança, que logo nos perdemos em meio a turba de gente.
O palacio em si é, obviamente, majestuoso, e a famosa sala dos espelhos é realmente impressionante. O luxo do mobiliario e da decoração é que ilude um pouco a imaginaçao, porque apesar dos intentos de recomposiçao, o que se ve ali é um samba do crioulo doido de estilos e epocas sem muita coesao. Mas va la.
Agora, o que mais me maravilhou foram os jardins, imensos labirintos a se perder de vista, tao elaborados e bem cuidados, adornados com fontes, estatuas, arabescos e recantos. Nao da pra nao imaginar a realeza passeando e sassaricando por aqueles jardins... Mais adiante, o refugio de Marie Antoinette, mais campestre, e tao rural que parece de mentira, mas nao é. Pelo menos, o tomate que eu colhi daquela horta era bem real, e caiu deliciosamente bem para o meu jantar de sabado.
E detalhe, boa parte dos jardins é na verdade um parque aberto ao publico, onde se pode ir fazer pic-nic, andar de bicicleta e passear de barquinho pelo grande canal, sem necessidade de comprar ingressos.
Voltei pra casa exausta depois de tanto bate-perna, e totalmente feliz por ter visto tantas coisas lindas.
No domingo, pra compensar, o programa foi bem mais tranquilo. Fui dar uma volta no famoso marché aux puces de St-Ouen, aqui do ladinho de casa. "Les Puces", como o chamam os franceses, é um conjunto de mercados espalhados ao longo da Rue de Rosiers, cada qual com sua especialidade, uns mais, outros menos charmosos. O que mais gostei foi o Marché Paul Bert, que tem uma mistura de móveis vintage, roupas, acessorios e coisinhas mil. Comprei uma caixinha de musica com a melodia de A Paris, do Yves Montand. Très chic.
Bom, parque é modo de dizer. Fui visitar o palacio de Versailles, e mais importante, os jardins do palacio. Depois de quase duas horas de fila para comprar o ingresso (porque vida de turista nao é facil...), entramos no palacio, eu e minhas colegas de curso da Aliança, que logo nos perdemos em meio a turba de gente.
O palacio em si é, obviamente, majestuoso, e a famosa sala dos espelhos é realmente impressionante. O luxo do mobiliario e da decoração é que ilude um pouco a imaginaçao, porque apesar dos intentos de recomposiçao, o que se ve ali é um samba do crioulo doido de estilos e epocas sem muita coesao. Mas va la.
Agora, o que mais me maravilhou foram os jardins, imensos labirintos a se perder de vista, tao elaborados e bem cuidados, adornados com fontes, estatuas, arabescos e recantos. Nao da pra nao imaginar a realeza passeando e sassaricando por aqueles jardins... Mais adiante, o refugio de Marie Antoinette, mais campestre, e tao rural que parece de mentira, mas nao é. Pelo menos, o tomate que eu colhi daquela horta era bem real, e caiu deliciosamente bem para o meu jantar de sabado.
E detalhe, boa parte dos jardins é na verdade um parque aberto ao publico, onde se pode ir fazer pic-nic, andar de bicicleta e passear de barquinho pelo grande canal, sem necessidade de comprar ingressos.
Voltei pra casa exausta depois de tanto bate-perna, e totalmente feliz por ter visto tantas coisas lindas.
No domingo, pra compensar, o programa foi bem mais tranquilo. Fui dar uma volta no famoso marché aux puces de St-Ouen, aqui do ladinho de casa. "Les Puces", como o chamam os franceses, é um conjunto de mercados espalhados ao longo da Rue de Rosiers, cada qual com sua especialidade, uns mais, outros menos charmosos. O que mais gostei foi o Marché Paul Bert, que tem uma mistura de móveis vintage, roupas, acessorios e coisinhas mil. Comprei uma caixinha de musica com a melodia de A Paris, do Yves Montand. Très chic.
domingo, 22 de agosto de 2010
Bonjour, Paris!
Parece sonho, mas aqui estou, vivendo a minha tao sonhada liberdade, longe da rotina do escritorio e da escravidao do relogio, dormindo e acordando tarde, flanando pelas ruas de Paris qual estudante que agora sou. Enfim, esta é uma das vidas que pedi a Deus (porque sempre ha outras...)!
A primeira semana foi um grande caldeirao de novidades, lembranças, descobertas, saudades de tempos recentes e remotos, reflexao e aprendizado constante. A parte boa de ja ter estado em Paris outras vezes é que ja fiz a maioria dos programas turisticos obrigatorios (ou lerês, como diz o @riqfreire) e agora posso me dar ao luxo de conhecer melhor a verdadeira (?) Paris, a minha Paris.
De segunda a sexta, tenho aula de frances (a la Alliance Française, bien sur!), mas só a tarde, porque as manhas foram feitas pra dormir, ou deveriam, nao fosse uma janela sem cortina que me faz despertar com a luz do sol. Mas insisto. E depois da aula, reservo a tarde para caminhar, muito e sempre, cada dia por um bairro diferente, decorando caminhos, desvios, vielas, passagens e depois voltando a me perder ate encontrar o metro que me leva, cansada, para casa.
Casa que, ha que se dizer, nao fica exatamente em Paris, mas em Saint-Ouen, que logo aprendi que é uma cidade à entrada norte de Paris, mais conhecida por seu mercado de antiguidades e por abrigar a catedral de Saint Denis, onde estao enterrados os reis da França. Porem, tendo sido um arranjo de troca entre esse e o meu apartamento no Brooklyn, pode-se dizer que estamos quites.
Ainda nao me acostumei com o fuso horario, que me faz ir para a cama mais tarde do que deveria e, no dia seguinte, tomar mais cafes do que é aconselhavel. E isso nao me impede de ir bem nas aulas, aproveitar um pouco de vidinha social com amigos e amigos de amigos que andam por aqui, e ainda matar um pouco da saudade de quem está longe.
A primeira semana foi um grande caldeirao de novidades, lembranças, descobertas, saudades de tempos recentes e remotos, reflexao e aprendizado constante. A parte boa de ja ter estado em Paris outras vezes é que ja fiz a maioria dos programas turisticos obrigatorios (ou lerês, como diz o @riqfreire) e agora posso me dar ao luxo de conhecer melhor a verdadeira (?) Paris, a minha Paris.
De segunda a sexta, tenho aula de frances (a la Alliance Française, bien sur!), mas só a tarde, porque as manhas foram feitas pra dormir, ou deveriam, nao fosse uma janela sem cortina que me faz despertar com a luz do sol. Mas insisto. E depois da aula, reservo a tarde para caminhar, muito e sempre, cada dia por um bairro diferente, decorando caminhos, desvios, vielas, passagens e depois voltando a me perder ate encontrar o metro que me leva, cansada, para casa.
Casa que, ha que se dizer, nao fica exatamente em Paris, mas em Saint-Ouen, que logo aprendi que é uma cidade à entrada norte de Paris, mais conhecida por seu mercado de antiguidades e por abrigar a catedral de Saint Denis, onde estao enterrados os reis da França. Porem, tendo sido um arranjo de troca entre esse e o meu apartamento no Brooklyn, pode-se dizer que estamos quites.
Ainda nao me acostumei com o fuso horario, que me faz ir para a cama mais tarde do que deveria e, no dia seguinte, tomar mais cafes do que é aconselhavel. E isso nao me impede de ir bem nas aulas, aproveitar um pouco de vidinha social com amigos e amigos de amigos que andam por aqui, e ainda matar um pouco da saudade de quem está longe.
domingo, 25 de julho de 2010
A tree grows in Brooklyn
"What's the matter with me, anyhow? [...] I'm dissatisfied with my job when I should feel lucky having such interesting work. Imagine getting paid to read when I like to read so much anyhow. And everyone thinks New York is the most wonderful city in the world and I can't even get to like New York. Seems like I'm the most dissatisfied person in the whole world. Oh, I wish I was young again when everything seemed so wonderful!"
A tree grows in Brooklyn, p.380-1.
A tree grows in Brooklyn, p.380-1.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
"Some people are simply afraid to think big. And that's exactly why they do not succeed."
A frase nao é minha, mas podia ser.
Achei-a aqui: http://deanoseua.blogspot.com/. E olha que "fatos" interessantes (como diz a minha xará autora do blog):
1) A autora do blog também se chama Dea
2) Ela tambem é brasileira
3) Ela tambem mora em NY
4) Ela tambem esta indo (sera que ja foi?) embora dos EUA
É, nao sabia? Eu estou indo embora dos EUA. A principio, é so por uns tempos, mas me conforta pensar que estou indo embora (nem que seja "so por uns tempos").
domingo, 2 de maio de 2010
Almoço de verao
Hoje rolou uma faxina forte aqui em casa, incluindo mudar os moveis de lugar, discos, CDs, tudo. Enfim, o calor deus as caras, e parece que veio pra ficar por uns meses.
Esse foi o almocinho rapido e gostoso de hoje, na pausa da faxina:
1 cenoura ralada
1 tomate picado
1/2 lata de sardinha com o azeite
1/2 xicara de cuscus
sal
alho
Deixe o cuscus de molho em 1/2 xicara de agua quente por 5 minutos. Solte os graos com o garfo e nisture com os demais ingredientes. Uma ou duas colheres de suco de laranja vao bem pra caramba nesse prato.
Acompanhe com salada de folhas verdes e morango picado, temperada só com vinagre balsamico e uma pitadinha de sal.
sábado, 3 de abril de 2010
Quando as coisas boas vem
Tem coisa pior, quando se vai para a praia, do que chover ou fazer frio? Eu acho que sim, e isso é ir para a praia e ter que estudar. Todo mundo la fora naquele sol, agua salgada, cervejinha, e voce enfurnado em casa terminando os exercicios que tem prazo pra entregar, ou estudando para a prova final da segunda-feira. Ou entao, tentando/fingindo estudar debaixo do guarda-sol ou no quiosque, mas sem a menor vontade ou dedicaçao... aquele marzão na tua frente, provocando.
Agora, tudo muda de figura quando se tem que estudar na praia E la fora faz frio e chove. Hoje eu vi que o mundo nao é tao injusto assim, e ate dentro de uma situaçao que podia ser duplamente ruim, as coisas boas vem.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Tudo igual, mas diferente
Quase um ano depois, volto ao Rio e encontro tudo na mesma: o Rio continua lindo, faz um calor danado, as praias são um desbunde, gente alegre e sorridente pra todo lado, e ainda conto com os amigos que me recebem tão bem e me fazem sentir em casa.
Eu não devia dizer isso publicamente, mas sei que ainda vou ter que morar no Rio. Dificil não gostar dessa cidade. Tambem é dificil não ver seus defeitos e circunstancias, mas agora é tarde, já é paixão.
O problema vai ser (?) convencer a outra paixão da minha vida a ir morar lá. Mas desconfio que com mais uma ou duas temporadas de férias por lá, a Cidade Maravilhosa vai fazer o trabalho por mim. :)
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Coletânea de fatos inéditos da semana
mala pronta 3 dias antes da viagem, fazer risoto sem olhar a receita, querer ir trabalhar para o tempo passar mais rapido, nao morrer de ciume, me rebelar contra meus pesadelos, passar horas assistindo TV, ir trabalhar doente, postar 2 entradas no blog.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Tempestade
No Brasil, nao temos neve. Muito menos, coisas do tipo "amanha nao abrimos por causa do mal tempo" (se bem que algumas chuvas de Sao Paulo ate mereciam...). "Tempestade de neve", entao, soa como algo quase apocaliptico. E amanha, pela primeira vez em 4 anos, nao vou ter que ir trabalhar porque vamos ter uma tempestade de neve!
Juro que estou mais entusiasmada com a parte da "tempestade de neve" do que pelo fato de nao ter que ir trabalhar. Ja pensou um dia inteirinho em casa vendo a neve cair la fora?
Viva o Youtube e um bom estoque de pipocas! :)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
New York, New York
hoje comprei um protetor de orelha, que foi provavelmente a melhor compra que fiz nesse inverno. era pra ser da burberry, mas numa dessas, os camelôs da St. Marks ficavam mais a mao, e acabei economizando 120 dolares. o fato é que as vezes um cobertor de orelha chumbrega é melhor que nada.
e veio em boa hora, porque hoje comecou a nevar. e o programa da noite que a principio era uma exposicao de arte no lincoln center, depois era um bar em midtown, e acabou sendo meia duzia de quadros de gosto duvidoso expostos num bar quase deserto de columbus circus, foi pra mim uma gincana (onde uma das provas foi ficar de papo com uma garota inconformada com o fato de "ja" ter 25 anos...).
nunca pensei que um dia um protetor de orelha fosse salvar meu dia.
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