Domingo, 11 da manha. Feijao no fogo e Martinho da Vila na vitrola - sim, vitrola mesmo, porque eu honro a minha herança de discos de vinil. Nao fosse o frio, podia ser em Osasco, ou qualquer outro lugar onde uma familia brasileira media se reune para o almoço do fim de semana.
Mas e dai que eu estou em Nova York, onde faz um frio do caramba e nao da pra reunir a familia aos domingos? Ainda assim, eu me arrisquei a fazer um almoço desses que as minhas tias fariam, com arroz, feijao, torta de espinafre, mandioca frita, farofa, salada -- e, claro, muita cerveja (Brahma!!) e caipirinha.
Pra quem nao cozinhava de verdade ha tempos, até que nao fiz feio. Pelo menos, ninguem reclamou da comida. Muito pelo contrario. Teve até brigadeiro de sobremesa, alem do queijo com goiabada que a Carla trouxe e o doce de jaca vindo na bagagem da Bahia.
Acho que nao faltou nada, e a galera ajudou a compor o clima. Tinha nego mandando bem no pandeiro e no tamborim, um bocado de samba no pé, carnaval de Salvador rolando no DVD e aquela preguicinha basica depois do almoço, um cochilo na rede e começo de ressaca pra quem exagerou na caipirinha.
Ao menos por uma tarde, a gente se sentiu mais perto de casa, mais dono do mundo. E da proxima vez que bater saudade, ainda sobrou um tantao de farofa, e feijao cozido no congelador.
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