Agora, sim, passado o Carnaval -- deliciosamente bem passado, diga-se de passagem - tenho a impressao de que o ano começou, e melhor ainda, tenho um pressentimento de que esse ano vai ser muito, muito melhor do que o anterior.
Voltei do Brasil faz uma semana, mas tanta coisa legal ja aconteceu, que parece que faz um mes!
Essa semana, tive um hospede do Hospitality Club aqui em casa, o Nick. Ele é muito gente fina, tem 22 anos, é alemao e está fazendo um estagio em uma ONG de direitos humanos aqui em NY.
Na quinta, fomos jantar no Angelica Kitchen, um restaurante de comida vegan organica, que ha tempos eu queria ir. Rimos muito esse dia e tiramos um monte de fotos.
Todos os dias de manha ele saia pra correr (as vezes, a noite tambem!), porque ele esta treinando para a maratona de Berlim. Eu até tentei fazer a linha esportista e falei que ia correr com ele um dia de manha, mas a minha vida social agitada nao me permitia dormir antes das 2 da manha e todo dia era impraticavel acordar a tempo e com disposiçao para fazer exercicio.
Mas tanto ele insistiu que deu resultado. Apesar de ele ter ido embora na sexta, no sabado pela manha venci a preguiça e corri 20 quadras! Achei o maximo, pra quem nao faz mais que alongamento e yoga umas poucas vezes por semana.
Mas outra coisa que ajudou foi o tempo maravilhoso que está fazendo aqui em NY esse fim de semana. Nem acredito que o calor esta chegando! Na sexta a noite fez 17 graus, e chegou a 22 graus durante o dia. Pra quem estava enfrentando temperaturas proximas do zero pelos ultimos 3 meses, isso é uma maravilha!
As pessoas pareciam tao felizes andando pela rua, sorridentes, leves... os homens de camiseta curta, e as mulheres, vaporosas, usando mini-saia e sandalias. Imagino como nao deve ser o verao...
Sexta foi o ultimo dia de trabalho da Carly, a estagiaria que esteve na minha equipe desde janeiro. Aproveitamos o dia lindo e o fato de que a nossa chefe estava de ferias para ir almoçar fora num restaurante mexicano, com direito a cerveja e margarita, para comemorar.
Na volta, ainda paramos para comer bolinhos e ficamos assistindo a uma manifestaçao dos tibetanos...
E qual nao foi minha surpresa ao chegar do almoço e encontrar um enorme buque de rosas em cima da minha mesa?
É que sexta foi tambem o ultimo dia do Akram, meu colega de equipe, antes das ferias dele. E como ele nao vai estar aqui na segunda, me trouxe flores pelo meu aniversario. Nao é fofo? O Akram é otimo, divertidissimo e muito descolado, se é que voces me entendem. Ele sempre me faz esses agrados, e eu a ele, e assim nos damos super bem no trabalho.
Alias, essa semana no trabalho foi agitadissima. Alem de estar voltando de ferias, com o meu trabalho acumulado e mais o da minha chefe, que agora está de ferias, na terça tivemos uma mega reuniao com o Secretario Geral para discutir o relatorio dele sobre as reformas na organizaçao, particularmente em relaçao ao staff. A mim, nao afeta muito, por isso nao me desgasto. Mas pelos animos exaltados dos companheiros e pelo clima geral, a coisa parece pesada. Me senti em plena reuniao do sindicato dos metalurgicos do ABC -- nos anos 80, diga-se!
***
Hoje ainda fez um sol lindo, cerca de 15 graus. Me fez lembrar do calor do Brasil, que ainda estou em ritmo verde e amarelo. Depois do almoço fiquei em casa terminando de ler a biografia da Carmen Miranda, ouvindo Pixinguinha e bebericando uma cachaça boa. Eh, vidinha mais ou menos...
Aproveitei o fim da tarde para passear com o H. pelo Meatpacking District, que eu ainda nao conhecia. Ja quase na hora de ir embora, ele ainda quis me mostrar um restaurante bacana por ali, que por acaso era o mesmo onde fui com o Micah logo que cheguei em NY. Dali a umas quadras, paramos para olhar o menu de um restaurante novo, e de repente, quem sai do restaurante? O Micah! Quase cai pra tras... Ele está trabalhando la como gerente. Fiquei super feliz de reencontra-lo e ver como ele está bem. Mas esse mundo anda mesmo muito pequeno.
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6 comentários:
Oi, Andréia!
Lendo os seus relatos, percebi uma coisa: eles são únicos, singulares, curiosos, dotados de expressividade, cadência e narratividade... tem a essência de um relato-discurso-literário...
O seu discurso é fluente, o seu cenário (New York) altamente motivante, com pinceladas intertextuais de uma imigrante brasileira estável na terra do tio SAM... não sei se interessa, mas... vc tem essência e matéria para escrever um livro! Não pense duas vezes! Um detalhe: é praticamente impossível, após um primeira lida, não acompanhar os seus próximos relatos! Do ponto de vista comercial e editoral essa possibilidade é viável e extremamente interessante. Pensa nisso! Eu conheço uma galera de editores aqui no Brasil que acharia interessante... pode contar comigo para o que for necessário! O seu relato é completamente diferente dos relatos de qualquer brasileiro em New York! Vale a pena pensar na questão!
beijos!
22 aninhos, é????
26... hehehe!
Nossa, Ronni... po, nao sei nem o que dizer. Legal, mas eu nunca pensei nisso, nao. Ou melhor, acho que ate ja pensei (e na verdade voce nao foi a primeira pessoa a me dizer algo assim) mas eu sei que se eu comecar um projeto desse, vai chegar na metade e eu vou desistir, vai dar preguica, vou arrumar outra coisa pra fazer, enfim... entao, pra que? Melhor ficar aqui humildemente escrevendo no meu bloguinho e ja to feliz assim, sabendo que tenho pelo menos um leitor fiel, que eh o melhor pagamento que um escritor pode ter! :)
Brigadao!!!
Oi, Andrea!
Quando surgir a hora certa, sei que você vai colocar tudo isso no papel... de maneira natural, sem compromisso... do contrário, se torna algo chato...rs... e escrever tem que ser uma coisa prazerosa... o momento pinta de repente...rs... quem sabe num desses invernos rigorosos, embaixo do cobertor, com neve salpicando sua janela e um chimarrão, chocolate quente ao lado aquecendo o corpo... de repente a motivação pinta... tudo natural... e eu estarei aqui para ajudar no que for necessário com os meu contatos e com os meus trabalhos na área editorial... beleza!
Sucessos!
beijos!
Ronni
Oi, Andrea!
Quando surgir a hora certa, sei que você vai colocar tudo isso no papel... de maneira natural, sem compromisso... do contrário, se torna algo chato...rs... e escrever tem que ser uma coisa prazerosa... o momento pinta de repente...rs... quem sabe num desses invernos rigorosos, embaixo do cobertor, com neve salpicando sua janela e um chimarrão, chocolate quente ao lado aquecendo o corpo... de repente a motivação pinta... tudo natural... e eu estarei aqui para ajudar no que for necessário com os meu contatos e com os meus trabalhos na área editorial... beleza!
Sucessos!
beijos!
Ronni
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