A geladeira dos outros

Uma das piores coisas de ter visitas em casa é abrir a geladeira e dar de cara com coisas que jamais conviviriam naquele espaço com a sua sagrada comida. Por exemplo, um frango. De pernas abertas. So faltavamos sair gritando, o frango e eu.

Esse povo devia ter um pouco mais de respeito. Afinal, eu nunca sai por ai botando abobrinha na geladeira dos outros.

Mudança a vista

Estou tentando ficar ansiosa com o fato de que vamos nos mudar de casa em duas semanas, mas nao ta rolando. Estou adorando a ideia. E nao vejo a hora.

 

Nao consigo nem me incomodar com as caixas de papelao pela casa, com a poeira acumulando pelos cantos, a musica que nao posso ouvir porque os cds ja estao embalados, os moveis que vao ficar para tras.

 

Mudar é bom. Eu recomendo.

 

 

Nao sou só eu

Pensei que era so eu que nao atualizava meu blog, mas hoje andei clicando nos links de blogs de amigos meus e estamos todos na mesma. Renatinha em 2007, Telma em 30 de junho, Andre e Ronaldo em agosto, e a Lorena mudou pra uma url que nao funciona...

Mas eu ando fissurada em twitter, que é blog de preguiçoso. E ando lendo um bocado tambem: quase acabo a pilha de revistas que jorra da mesinha de centro. Melhor acabar tudo antes da mudança, porque senao vai tudo para o lixo mesmo. Alias, coisa boa de mudar de casa é se desfazer do que nao se usa. Confesso que estou mais animada para purgar a quantidade de coisas inuteis que acumulei em casa do que para empacotar o que vai para a casa nova.



Ouvindo: Cat Powers, "Song to Bobby"

Como é que se diz "f..."

Voltando ao tema de outro dia, achei essa crônica do João Pereira Coutinho, hoje, na Folha:

"Fazer amor não é só uma questão de sotaque, mas também de imaginário e temperamento.

JÁ TINHA pensado no assunto: o amor é diferente quando é falado por línguas diferentes. O mesmo ato, a mesma cama, os mesmos corpos, mas a narrativa é distinta, porque distinta é a língua, e os tabus, e as expressões de excitação, e as palavras sussurradas ou gritadas que habitam a boca dos amantes. "Vou gozar", "estou-me a vir": fazer amor em português (do Brasil) ou em português (de Portugal) não é apenas uma questão de sotaque, mas de imaginário, temperamento, tradição."

Curioso, porque no domingo estávamos falando sobre isso...

Eu vi o Papa

Eu e mais 70.000 pessoas, no Yankee Stadium. O Papa é pop, já diziam os Engenheiros do Hawaii.

Tristeza do Jeca

Poxa, que triste... maior sol e nao tem uma alma pra ir tomar uma cerveja comigo.

Top 3 de hoje:

 

1o. Guilherme Arantes - Deixa chover

2o. Kiko Zambianchi - Primeiros Erros (chove)

3o. Biquini Cavadao - Chove, chuva

 

E ainda por cima, um me manda um powerpoint de Sao Paulo, A terra da garoa!

Vingança

O mal dessa cidade é que, por ter tantos turistas, a toda hora e em toda parte voce é lembrado de que existem pessoas de ferias. Esses eu reconheço pelas roupas, pelo andar, mas acima de tudo pelo semblante despreocupado, o olhar curioso, uns modos de quem nao tem nada urgente para fazer. Agora, com o verao e a baixa do dolar, eles vem aos montes. E eu, cada dia, passo por eles de caminho ao trabalho, só pensando na minha próxima vingança.

 

Pelo menos, o verao esta chegando, e poder ir a praia no fim de semana ja é quase ferias.

Amanha é 33

Amanha é meu aniversario e estou vivendo uma nostalgia enorme. Quero minha mae de volta, quero meus amigos, minha casa, Sao Paulo em um dia de sol, cerveja de garrafa e conversa jogada fora em uma mesa de calçada, seguro-desemprego, MPB na vitrola, amizades coloridas, dormir as 2 da manha, leitura de cabeceira.

Enquanto isso, na vida real, nao consigo me imaginar vivendo em outro tempo e lugar que nao seja agora em Nova York.


Ouvindo: Elis Regina - Me deixas louca

Morangos com champagne

De vez em quando saio por ai lendo blogs de gente que nunca vi (sabe como é: vai clicando, clicando, e enfim...) e entao me da vontade de escrever. É sempre assim. Ler bons livros da o mesmo efeito. Clarisse Lispector era o maximo nesse sentido pra mim. Caio F. tambem funciona bem.

Dessa vez, procurando uma receita de risoto de morango com champagne --porque hoje é Valentine's Day + meu risoto de champignon é famoso la em casa + outro dia comentei sobre o risoto de morango = pedido especial do Pedro pro jantar especial de hoje a noite--, acabei chegando no blog Calmantes com Champagne 2.0 . Legal e gostoso de ler. O que me inquieta quando leio blogs pessoais, é que de repente te da a sensaçao de que voce ate conhece a pessoa. Medo. Esse mundo virtual é muito louco.

Mas vamos ao porque gostei do blog:

1) musica, musica, musica - estou numas (como sempre) de descobrir novos sons, bandas, ritmos. Sobretudo longe do Brasil, tenho paura de ficar por fora do que se ouve e se produz de bom na terrinha. OK, nem tudo. Eu posso viver sem saber se o Charlie Brown Jr. lançou disco novo. Baixei e estou ouvindo Wado. Bom. Muito bom. E melhor, da pra baixar de graça aqui. Depois vou dar uma olhada em Terminal Guadalupe (?).

2) achei alguem que ainda ouve (ou pelo menos, tem) fitas cassete! Minha coleçao segue viva, e ate ganharam caixa nova uns meses atras e lugar fixo na estante da sala. Vezemquando ouço algumas, mas so ate onde o Pedro possa suportar. Ninguem merece ouvir uma gravaçao ao vivo do Gueto + Matolli&Ivanovic no CCSP gravada da radio USP. So se tiver ido no show.

3) enfim, um blog que é util: da receita pra homem cozinhar (e bom exemplo! Po, eu que sei como é bom ter um namorado "fofo" em casa); plano pra fazer uma estante de CDs; dicas e resenhas de livros, filmes, shows... e musica, muita musica.

E como é Valentine's, esse fim de semana vamos pra Boston. Curtir um friozinho, sabe como é.

balança mas nao cai

minha vida as vezes parece uma balança cujo equilibrio é quase perfeito, porem sempre muito, muito delicado. basta um lado da vida ir um pouquinho melhor, e logo o outro mostra sinal de queda. melhore a saude, cai o lazer. melhore o lazer, cai o trabalho. melhore o trabalho, cai o amor. e por ai vai...

 

ja devia estar acostumada, nao?

eu era feliz e nao sabia

odeio pensar que a coisa mais emocionante que acontece no meu dia de trabalho é assistir a um webinar sobre taxonomy & folksonomy. ainda que, sim, foi interessante, e me faz pensar em uma porçao de coisas que eu adoraria fazer no trabalho --e agora nao posso.

eu era feliz e nao sabia. mudei de trabalho e me meti num buraco de tatu do qual tenho que achar a saida. a soluçao agora é buscar diversao no que faço, ou inventa-la, o que da no mesmo.

por sorte, com tanto tempo livre, acabo encontrando algumas luzes que dao um pouco mais de sentido a esse pedaço de existencia. por acaso, nada é por acaso.