estou aqui no trabalho ha umas duas horas, enrolando... absolutamente dispersa, com a cabeça em mil outras coisas que nao sao o projeto e a proposta de pesquisa que preciso entregar amanha. Faço planos de ir ao cinema amanha, de ir ao Carnaval de Sao Francisco em maio, de ir a Vera Cruz no fim de semana que vem, de ir... ja nao vou para o Brasil no final de abril, como eu queria, mas a minha irma vem me visitar daqui 2 semanas, que maravilha!
Ando meio desanimada esses dias, uma falta de energia e de vontade, uma certa angustia de nao sei o que (o que é uma redundancia dizer, ja que a angustia nunca tem um por que claro). Mais que tudo, sinto como se estivesse esperando por alguma coisa, esperando algo acontecer, como o momento depois de uma onda grande na praia, que fica aquela calmaria, mas voce sabe que daqui a pouco passa outra onda pra te chacoalhar... é meio assim.
Descobri que adoro analogias. O problema é que nao sou boa em usa-las. Dia desses, vindo pro trabalho, me topei pensando na cerinha que uso no aparelho para proteger a parte de dentro da boca (ia dizer "mucosa bucal" mas me pareceu tao nojento...). Essa cerinha é algo util, e necessario. Sem colocar a cera nos pontos mais criticos, tem dias em que nao consigo nem comer. Mas o caso é que eu nao gosto de usar, as vezes ate prefiro que o aparelho me machuque -- penso, "tem que calejar mesmo!".
E nao é que as vezes a gente faz isso na vida mesma? Saber que tem algo que pode aliviar o seu sofrimento, mas ainda assim escolher a dor, quando o normal devia ser se gostar, se tratar bem, cuidar a si mesmo? O ser humano é mesmo um bicho muito esquisito.
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