Sabado passado fui pra balada. Ainda nao tinha saido para dançar aqui, e o Gerardo me levou numa danceteria gay -- outra experiencia nova para mim. Fomos com "la bruja" e seu marido, recem-chegados de uma viagem chiquerrima pela Espanha, Italia, Egito e Grecia. Acabamos uma garrafa de tequila entre os tres, porque "la bruja" nao bebe, e logo me dei conta de que meu figado ja nao é mais o mesmo. Acabei a noite na fase "cadeira voadora" da bebedeira, e como o Gerardo nao estava muito melhor do que eu, acabamos dormindo no sofa de "la bruja", e acordamos de ressaca no pais das
maravilhas.
É que a casa deles é algo assim, um mix de estilos de decoraçao, que vai das colunas classicas ao feng-chui, passando por tudo o que se pode imaginar: tem sereias, arlequins, plantas de plastico, uma mascara de Tutancamon, cristais, uma fonte, duendes, e uma naja de "puro ambar" comprada na ultima viagem, ou seja, um cenario perfeito para uma "viagem quantica"... Mas ate que acordamos numa boa, talvez o ambiente zen tenha nos ajudado a curar a ressaca - ou pensar que continuavamos bebados? - e as 11 da manha ja estavamos na rua para a missao do dia: compras!
Pra começar, fomos comer chilaquiles e tomar um cafe no "Hola amigo" -- que é como chamamos qualquer turista estrangeiro, desses que andam por ai achando que falam espanhol, e por extensao, tambem a lanchonete do albergue da juventude no centro da cidade. É um lugar simpatico, otimo para ver gringos e ser visto por eles, e quem sabe ate fazer algumas amizades. Mas no nosso estado recuperativo, a ideia era so olhar mesmo.
Aproveitei o passeio no centro para fazer as ultimas comprinhas de souvenirs e lembrancinhas tipicas. Estava na minha lista de encomendas um carregamento de "Glorias", um doce tipico do norte do Mexico, que eu e a Debora provamos em Puebla e adoramos, mas é um tanto dificil de se encontrar por aqui.
Depois de muito andar, descobrimos que o unico lugar onde conseguiriamos encontra-las seria no mercado de doces onde os lojistas se abastecem. Nao por acaso, o tal mercado fica num bairro bem pouco recomendavel, perto do centrao. E la fomos nos para o Bras... digo, La Merced. Essa foi a aventura do dia. Entre camelos, pedintes e prostitutas, finalmente encontramos as Glorias, por 20% do preço que eu pagaria no aeroporto. Valeu muito a pena!
Mas ainda nao acabou. Depois de chegarmos em casa cansadissimos, ainda me faltava a grande compra do dia: meu narguile! Finalmente fui comprar a base de vidro que tinha quebrado. É que, por pura coincidencia, conheci em Zipolite o cara que importa os narguiles para o Mexico, e como eu sou jovem, bonita, simpatica e inteligente, ainda consegui um bom desconto.
Marcamos de nos encontrar no metro, e foi uma cena tao bonita, os dois sentados no chao da plataforma, discutindo cores, tamanhos e detalhes de um narguile e qual é o melhor sabor de fumo... mas o importante é que agora tenho outra vez um narguile egipcio, ainda mais lindo que o primeiro. Me falta arrumar um nome exotico para ele.
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