Ter ido para Nova York nesse fim de semana/feriado foi a melhor coisa que eu poderia ter feito nesse momento. Precisava de outros ares, ver gente, me sentir bem, e tudo isso e muito mais rolou nesses dias. Foi super gostoso porque dessa vez nao foi visita de turista (juro que nao cheguei nem perto da Times Square e do Empire State Building). Pelo contrario, fizemos coisas tao mundanas como ir ao supermercado, cozinhar e assistir um video em casa, e tambem coisas ainda mais mundanas como encher a cara de cerveja e tequila num boteco (?!) do Brooklyn e tirar uma soneca à tarde deitados na grama do Central Park, sem contar as comprinhas no mercado de pulgas e nas casas de chá. Senti como se ja estivesse morando la... nao é o maximo?
O clima estava uma delicia, apesar de um pouquinho frio, mas so o suficiente para manter o charme de inicio-de-primavera-em-nova-york, e o sol deu as caras quase todos os dias. E tres pessoas fizeram esse fim de semana especial: a Valeria, o Micah e o James.
Valeria gatona (como diria o Julio!) e eu
Nos e o Micah
Nem me lembro a quantos anos eu nao via a Val, mas o legal é que toda vez que a gente se encontra é como se tivesse sido ontem. Fiquei feliz de ver que ela estava super entusiasmada com o lance de morar em NYC, apesar das dificuldades, que sempre tem. Pena que justo no fim de semana ela tinha que trabalhar o dia todo num restaurante bacaninha em Nolita e acabamos desencontrando um bocado. E sei que dei a maior mancada com ela, porque acabei passando a maior parte do tempo com o Micah, mas... o que posso dizer? Meu "enamoramicahmento" (© Juana Maria Berbería Rosa) venceu.
E ele, que é um fofo, foi ainda mais fofo comigo esses dias. Saimos, passeamos, rimos, comemos, dormimos e conversamos pacas, sobre muita coisa: culinaria, musica, arte, relacionamentos, viagens, politica, futuro. Tudo em dois idiomas. E me apresentou o irmao dele, Zach, que é um cara bem bacana e descoladissimo (fora que estava totalmente bebado, mas, enfim, estavamos todos bastante bebados). Dai ja eram tres idiomas. Quase todo o tempo estivemos no Brooklyn, e apesar de ele tentar me convencer de que é um lugar legal para morar, minha ideia de NYC ainda é Manhattan. Mesmo assim, deu pra ver que tem coisas bem legais la. O Jardim Botanico, por exemplo, é um desbunde, ainda mais agora na primavera, quando as cerejeiras estao floridas (segundo o folheto, eles tem uma das melhores esplanadas de cerejeiras fora do Japao) e todas as flores tem um perfume magnifico.
O Brooklyn Museum tambem é show de bola e morri de pena que chegamos muito tarde e nao tivemos tempo de ver toda a exposicao do Basquiat (de graça, tu crees?) e do Rodin, que eu acho barbaro.
*****
E no sabado (antes, portanto, porque o passeio no Brooklyn foi domingo) finalmente conheci o James, e passei praticamente todo o dia com ele.
Breve historico: conheci o James pelo site CouchSurfing quando, em outra(s) ocasiao(oes), nao lembro quando, estava procurando um lugar para passar uns dias em NYC. Ficamos trocando e-mails e, quando vim para o Mexico e ele soube que eu estava trabalhando em uma biblioteca eletronica, se interessou em vir passar um tempo aqui colaborando no projeto (ele é analista de sistemas). Agora, ja chegamos a conclusao de que nao vai rolar, mas a amizade continua valendo.
Tomamos cafe da manha juntos num restaurante latino (porto-riquenho, talvez?) e ele me levou por uns cantos maravilhosos do East Village, fomos ao mercado de pulgas em Chelsea, demos um passeio descompromissado por Chinatown, tomamos cha num lugar super gracinha e terminamos jantando num restaurante etiope (comida exotica, deliciosa, mas com um atendimento sofrivel). Nas palavras dele, ele tenta ser "um cara legal", e consegue. É um cara "pra casar". Deu uma dor no coraçao ter que dizer pra ele que eu ja estava saindo com alguem la... Achei-o inteligente e bem humorado (outra coisa, impressionante, ele é a cara do RK!), fomos descobrindo muitas coisas em comum (outras nem tanto) e a conversa foi facil e gostosa o dia todo. Eu adorei.
Mas americanos sao americanos, e é sempre um espanto depois de passar um dia inteiro numa boa como grandes amigos, voce se despede da pessoa com um "goodbye" xoxo e nem um abraço -- tres-beijinhos entao, nem pensar! Parece uma falta de educação, mas para eles é o contrario. Isso me choca, de verdade.
Pra terminar, como faz tempo que eu nao faço um ranking, ai vai a minha lista das 5 melhores coisas dessa viagem (nao necessariamente nessa ordem, que ai ja é demais):
* tirar uma soneca em plena segunda a tarde deitados na grama do Central Park (detalhe na foto: meus pezinhos descalços ao lado dos do Micah...);
* passear pelo East Village, papeando com o James. Na foto, ele me pegou de surpresa enquanto passeavamos pelo mercado de pulgas, e a seguinte é um dos jardins comunitarios do bairro;
* ver o Micah cozinhar -- e depois comer, claro, porque ele é um gourmet, trabalha em restaurantes e tem um gosto fantastico para comida e vinhos. O menu de sabado foi penne arabiatta, e o de segunda, risoto organico de lima da Persia, algo assim, absolutamente exotico e delicioso... da pra resistir?
* ficar adivinhando os idiomas que o povo fala no metro;
* descobrir que o Brooklyn é legal (mas mesmo assim, eu nao moraria la).
Ouvindo: Sting - The shape of my heart
Descoberta musical fundamental: Gecko Turner (ouça! é tudo!!! o big hit é "Limón en la cabeza")
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Déa, Adorei o astral da narrativa da sua passagem por NY!
As fotos estao lindas! Adorei as fotos do Jardim Botanico e do Central Park!
Seu blog ta cada vez melhor!
bjinhos!
Ao vivo, voce nem imagina!!! É tao lindo como Quebec... hehehe. Na boa, estava super feliz. Da pra notar, nao? ;)
Deu uma preguicinha agora, vendo o povo tirar uma soneca... Lindo lugar.
beijos
Postar um comentário