terça-feira, 31 de maio de 2005

La que es linda es linda...

... y la que no, que se opere. (ditado gay mexicano)

Caramba, como me diverti esse fim de semana em Acapulco! Sem duvida, foi o melhor fim de semana que tive aqui no Mexico (e nao so porque era o ultimo, mas ta ai um bom exemplo de "save the best for last").

A ideia veio meio do nada, duvidei entre Guadalajara e Acapulco, e acabei decidindo por esse ultimo, mais que tudo porque é praia, e tambem porque me contaram que as baladas la sao animadissimas, e por n motivos, eu andava precisando sair um pouco da linha ultimamente.

Ja que era para aproveitar o ultimo fim de semana, que fosse em grande estilo. Desde que cheguei aqui, estava engordando um "porquinho" para me dar um gosto antes de ir embora, e olha que deu pra fazer muita coisa com as moedinhas que juntei em 4 meses. Ficamos (Gerardo e eu) num hotel bacana (Torres Gemelas é o nome do hotel... da uma ma impressao pensar que um aviao terrorista pode ataca-lo a qualquer momento, mas o preço valia o risco...), numa zona bacana e com vista pro mar.

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Quem me falou das baladas, nao mentiu, porque realmente o negocio de Acapulco gira em torno da noite, e a praia funciona mais como um lugar onde passar o dia para curar a ressaca.

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Sei que nao é educado dizer essas coisas, mas como seres humanos imperfeitos, vamos combinar que uma das sensaçoes mais gostosas do mundo é disfrutar um dia util com muita futilidade, sabendo que a maioria dos mortais, nesse exato momento, esta trabalhando. É so me dar uma chance, que na menor provocaçao, eu faço isso.

E assim como ha algumas segundas-feiras atras, me deliciei em uma siesta no Central Park, fui feliz passando boa parte dessa segunda-feira na beira da piscina, jogando conversa fora, falando muita besteira, rindo muito, tomando cerveja e pensando na vida, olhando pro mar...

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Gastei umas tantas paginas do meu caderninho de anotar a vida refletindo sobre as experiencias dos ultimos meses, e particularmente sobre certas atitudes nonsense que tem sido mais recorrentes do que eu gostaria.

Sempre soube que viajar -- em todos os sentidos -- pode ser uma mega ferramenta de auto-conhecimento. O fato de estar so consigo mesmo, a liberdade de estar em um ambiente diferente, o contato forçado que se tem com o novo, e tambem a convivencia (até certo ponto forçada) com uma pessoa ou um grupo, sao uma oportunidade de experimentar os proprios limites e descobrir uma porçao de coisas sobre si mesmo.

Esses dias em Acapulco foram uma pequena viagem dentro de uma viagem maior, que termina dentro de uns poucos dias, e que certamente vai me deixar um saldo de coisas em que pensar e digerir nas proximas semanas.

Profissionalmente, sei que alcancei resultados importantes, uma maior confiança de que sei fazer bem o que sei fazer bem, e outra perspectiva em relaçao aos meus gostos e prioridades. Mais que tudo, tive um banho de liçoes sobre diferenças culturais, relacionamento profissional e confiança (para o bem e para o mal).

Emocionalmente, tive experiencias absolutamente desconcertantes e reaçoes ainda mais inesperadas. Provavelmente foi o aspecto que mais me surpreendeu nisso tudo. Eu me achava muito mais preparada para enfrentar um afastamento prolongado de casa, mas no fundo, vi que nao sou tao independente assim. Alias, quem disse que eu era? No fim das contas, acho que eu tambem estou esperando pelo principe encantado que vai me salvar e resolver todos os meus problemas!

E espiritualmente, creio que consegui manter uma disciplina necessaria para garantir um nivel minimo de equilibrio, fundamental para mim. O fato de estar rodeada de pessoas basicamente desconectadas de uma meta espiritual nao foi exatamente a melhor coisa que poderia ter me acontecido. Mas as vezes (dizem) é necessario dar um passo atras para agarrar impulso para um passo mais largo adiante. Vai ver é isso...

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